Caminhavam pelos solos aquáticos de calcário e ecossistemas marinhos, uma pequena civilização de peixes primitivos, dotados de uma inteligencia sobre humana e de uma força tão descomunal que hoje, seria endeusada pelos humanos.
Foi no começo daqueles tempos, posteriormente chamados de Cambriano, que Agnus nasceu.
Sua família o concebeu como uma ótima cria e sabiam que aquela criaturinha um dia se tornaria muito, se não a mais, importante criatura de toda a especie.
Foi nesse período, que as civilizações marinhas cresceram e se multiplicaram. Agnus se tornou forte e grandioso como já havia sido prescritos por teus pais. E com o tempo, Agnus avançou pelos patamares da sociedade, cresceu forte e com pouco tempo, já estava ocupando os importantes degraus políticos da sua cidade.
Construiu um centro tecnológico, onde estudavam os astros e a matemática. Construiu um teatro submerso, onde a arte e a felicidade reluziam. Criou um exercito e fez-se um portão, para proteger seu povo.
Se tornou um ser destemido e temido. Amado e aclamado.
Foi naquele dia, no seu centésimo aniversario, que Agnus viu. A água-negra que vinha dos mares do sul. As trombetas romperam os sete mares e estremeceram toda a vida marinha.
A água-negra fez toda a comida morrer, as algas e os peixes. A cidade ficou doente. O concreto ficou fraco.
Agnus, viu sua cidade à beira de uma guerra civil de plena insatisfação. Agnus nada podia fazer.
Foi quando das profundezas Ele surgiu. Seus tentáculos tomaram conta dos portões da cidade e tua boca devorou todos os peixes podres que boiavam próximos a superfície, extinguindo a precária comida existente.
A população faminta, viu aquilo tudo como a gota final, e explodiram em um emaranhado de anfíbios doentes. Caminharam pelas ruas instaurando a desordem e o caos.
Agnus via de cima seu império ruir, ele estava na mais alta torre do império Agnatha, e foi por cima dos muros que ele pôde ver. A sombra negra que proliferava das valas submersas no exterior dos muros.
Saiu decidido à salvar seu império. Nadou por cima dos muros, enquanto a não civilização destruía os restos do império.
Se aproximou do abismo e de lá uma voz fez-se a erguer. Gritando pelo nome de Agnus, fez tuas guelras tremer.
A criatura quebrou o chão e saiu da terra, esticou seus tentáculos sobre Agnus, que nada fez a não ser vislumbrar o não cognitivo.
A criatura ancestral pulou com suas imensas proporções sobre Agnus e o desmembrou com teus tentáculos.
Em seguida, nadou por cima da cidade e fez da água-negra ainda mais negra. A água de cor escura trazia a loucura e o sofrimento e se instalava no tronco cerebral dos Agnathas, antigos civilizados do destruído império marinho.
"Todas as civilizações que oferecerem alguma ofensa a mim, sera destruída e posta na estande à beira da loucura."
E destas palavras, a gigantesca criatura se homogeneizou com a água e desapareceu dando lugar ao sol.
Os Agnathas esqueceram como andar pelas terras, desaprenderam todo e qualquer tipo de linguagem.
Teus sonhos e tuas mentes pairavam à loucura toda vez que fechavam os olhos, por isso perderam a capacidade de fecha-los.
As cidades viraram poeira e os Agnathas, viraram medo. Um medo que os humanos deveriam conhecer e aprender a temer.

- Lágrimas de Gasolina
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