terça-feira, 4 de junho de 2013

Linhas da Vida

Escrevi até ver meus dedos desgastarem.

Rimei, cantei. Apontei meu lápis e atirei inúmeras folhas ao chão.

Tentei forçar uma inspiração que não existia, e extrair de minha alma um ultimo suspiro verdadeiro.

Rimas não havia, muito menos harmonia.

Foram infinitas linhas de puro sacrilégio.

Infinitas linhas pensando no que te agradaria, mas nada sincero.

Infinitas linhas ignorando o coração.

Infinitas linhas secando lágrimas, ao invés de deixá-las livres.

Infinitas linhas sendo todos, menos eu.

Fora-se todo o meu caderno, não havia mais folhas nem linhas. Nem infinitas linhas.

Do lado do lixo vejo um pequeno pedaço em branco; um minúsculo pedaço de inspiração,

E escrevo meu verdadeiro poema: “eu amo você”

- Dedos Azuis

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