Ah, os pensamentos.
Foi naquele pequeno pensamento, naquela fria noite, naquele malcheiroso quarto, onde tudo aconteceu.
Onde tudo fora desmantelado em espaços de tempo. Em frações de espaço.
Onde tudo caia para o alto e subia para baixo.
O rapaz flutuava, inerte em seus pensamentos, nem caia nem subia. Flutuava, apenas.
O mundo que conhecia se transformava à sua fronte, as paredes amassadas e o chão distorcido, frutos de seu pensamento.
Pensamento daquele rapaz, naquele quarto, naquela noite.
Mas era só um pensamento e quando estava perto de encontrar a resposta que tanto procurava, as coisas tomavam as formas anteriores, revelando aquele mundo já conhecido.
Aquilo nunca aconteceu para mais ninguém, apenas para o garoto.
Para aquele garoto a mente era a resposta fugaz para a realidade e seu intendimento. Não só a mente, mas sim àquele que provém desta, o pensamento.
Para o rapaz o quarto servia de ateliê para a sua existência enquanto para os outros, o quarto era apenas o local onde o jovem rapaz se isolava.
- Lágrimas de Gasolina
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