sábado, 22 de junho de 2013

O pensamento

E foi naquele fútil pensamento.
Ah, os pensamentos.
Foi naquele pequeno pensamento, naquela fria noite, naquele malcheiroso quarto, onde tudo aconteceu.
Onde tudo fora desmantelado em espaços de tempo. Em frações de espaço.
Onde tudo caia para o alto e subia para baixo.

O rapaz flutuava, inerte em seus pensamentos, nem caia nem subia. Flutuava, apenas.

O mundo que conhecia se transformava à sua fronte, as paredes amassadas e o chão distorcido, frutos de seu pensamento.

Pensamento daquele rapaz, naquele quarto, naquela noite.

Mas era só um pensamento e quando estava perto de encontrar a resposta que tanto procurava, as coisas tomavam as formas anteriores, revelando aquele mundo já conhecido.

Aquilo nunca aconteceu para mais ninguém, apenas para o garoto.
Para aquele garoto a mente era a resposta fugaz para a realidade e seu intendimento. Não só a mente, mas sim àquele que provém desta, o pensamento.

Para o rapaz o quarto servia de ateliê para a sua existência enquanto para os outros, o quarto era apenas o local onde o jovem rapaz se isolava.

- Lágrimas de Gasolina

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